quarta-feira, 6 de maio de 2009

REFORMA ORTOGRÁFICA DA LÍNGUA PORTUGUESA

800px-acordo_ortografico_pt12 O grande objetivo do novo acordo ortográfico (já foram feitos três acordos oficiais, aprovados pelos países falantes: o de 1943, o de 1971 e o de 2009) entre os países que falam Língua Portuguesa – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste – é dar mais visibilidade ao idioma no cenário internacional, uma vez que a uniformização possibilitará maior inserção dos referidos países nos mercados mais desenvolvidos e o estabelecimento da língua portuguesa como um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). Ainda, a ortografia-padrão facilitará o intercâmbio cultural entre os países que falam português.

É importante salientar que o acordo prevê apenas a uniformização das duas ortografias atualmente em vigor (a brasileira e a portuguesa), isto é, do modo de escrever em português e não prevê a uniformização do idioma, pois nenhuma ortografia de nenhuma língua do mundo dá conta do fenômeno da variação, que é da própria natureza das línguas humanas.

O referido acordo tem muita importância porque o que interessa não é a reforma ortográfica em si, mas o papel político que o Brasil tem a desempenhar na comunidade lusófona. Portugal, infinitamente menos importante que o Brasil no cenário político e econômico mundial, se recusa a ver que quem lidera a lusofonia, hoje, somos nós: só na metrópole de São Paulo há mais falantes de português do que em toda a Europa! Defender o acordo de uniformização ortográfica é defender essa liderança.

Por outro lado, o acordo envolve muito mais questões de ordem econômica do que de efeito prático no uso da língua. O gasto com a atualização de livros e dicionários será grande e as mudanças não facilitam o entendimento da língua porque, além de serem mínimas, nenhuma língua precisa de acento gráfico, o falante nativo recupera a pronúncia.

Clique aqui e baixe o arquivo em Word.